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© Fernando Maia da Cunha - Photography /  fernandomaiadacunha@gmail.com

Arqueologia de Memórias

 

O presente ensaio busca através de uma exposição arqueológica em um museu fictício, MME – Museu da Memória e Esquecimento, simulando um catálogo. E uma exposição que busca preencher as lacunas através das memórias e do esquecimentos sobre a primeira infância de Carlos José Fernandes em seu exílio.

Nos sítios arqueológicos imagéticos, destacamos e trouxemos nesta exposição alguns objeto-imagens importantes na história de Carlos José Fernandes. Objetos esses, que resistiram aos constantes processos de exílio.

Percorrendo os caminhos desta exposição podemos entender um pouco desses traços de memórias e esquecimentos que tentam desvendar possíveis caminhos narrativos, e assim tentar formar uma linha do tempo em sua história. 

Ao final descobrimos que Carlos José Fernades foi o nome alternativo Utilizado por Fernando Maia da Cunha até 1985 quando veio a democratização.

Após pesquisa minuciosa feita nos meus três álbuns de família, em matéria de narrativa e localização por meio do google maps, estruturei o planejamento de produção fotográfica executado durante a viagem a Paris, Roma e Albânia em 2018, feita com a minha mãe, como fruto de pesquisa para o Doutorado. Após curadoria em 5800 imagens pré-selecionadas identifiquei imagens realizadas para os quatro temas que queria abordar: 1- Onde está minha casa? 2- Comunicação do nosso retorno para o Brasil no Quarto do Hotel Quartier Latin em Paris. 3- Imagens que mostram pessoas, lugares, comidas etc. que reativaram minha memória. 4- Imagens da praia de Durres e do Hotel Adriatick onde passávamos férias e feriados.

Como em um sítio arqueológico que estabelece áreas em quadrados ou retângulos para serem escavados e investigados, coloquei  de um lado da imagem fotografias feitas na viagem em preto e branco sobre os quatro temas. Na outra metade da imagem estão inseridos, através da pós-produção digital, fotografias dos meus álbuns de família e objetos reais coletados nas viagens de 1977 e 2018, acrescidos de imagens de objetos ficcionais recolhidos na internet. Na primeira e na última imagens têm textos curatoriais e biografia, simulando uma exposição organizada pelo fictício MME – Museu da Memória e Esquecimento.  Em cada imagem do ensaio tem uma descrição digitada em letra de máquina datilográfica remetendo aos trabalhos anteriores e simulando os textos descritivos das exposições.

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