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© Fernando Maia da Cunha - Photography / fernandomaiadacunha@gmail.com
Ecos do Tempo: Retrato das Memórias Pandêmicas
Trabalho durante a pandemia, exposto na plataforma Sobre um tempo Suspenso 2020. Pensar os rastros de aridez que a permanência em um só espaço trazem e os rastros férteis que surgem da suspensão do tempo em um lopping do cotidiano ordinário provocam, despertaram uma investigação sobre o espaço e o tempo neste projeto. Espaço, entre a sensação de impotência diante do isolamento e a incerteza do fim do confinamento, surgem nos atos repetidos ordinários do cotidiano, uma abertura para outras camadas de atenção com o gesto, com o corpo, com os pequenos hábitos, com os pequenos lugares que fazem de nós quem somos em parte. Tempo, pela insegurança e pelo provisório que a suspensão nos traz, despertam em nós um caminho de poeira em uma estrada árida e involuntária de solidão, que remete a perda de que pertencemos a um tempo cronológico.
É no anacronismo que desdobra as temporalidades, afetos e experiências, que descobrimos a liberdade que está vinculada a tudo aquilo que dura, tudo aquilo que muda e tudo aquilo que na verdade importa. Nossa essência que está na multiplicidade de quem somos, fomos e seremos.Na sala silenciosa, um universo se revela. Imagens estão espalhadas, cada uma um fragmento de tempos diferentes durante a pandemia. Luz suave entra pelas janelas, iluminando rostos e momentos que parecem pulsar, repletos de histórias.A primeira risada ecoa, um abraço distante ressurge. Olhares perdidos na tela, dias que se estendem e se contraem, capturando a complexidade do que vivemos. Cada retrato é uma voz, um testemunho da luta, da saudade, da esperança.
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